Por que esta dor que tanto me consome,
Vendo meu corpo divergir da alma,
Não se aquieta quando o amor tem nome
Nem se conforma se mantenho a calma?
Por que a velhice que arrebenta a palma,
A pele, a face, o corpo, a sede, a fome,
No meu espírito não deixa trauma
Só deixa a um viço que não há quem dome?
Minha’alma se desnuda em aquarela,
mostrando a juventude que atropela
meus sonhos travestidos de arlequim.
Meu corpo degradado se esfarela
Enquanto assisto pasmo da janela
O mais decrépito e perfeito fim.
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