Pleonasmo: figura de linguagem que denota redundância, emprego desnecessário de um termo.
Exemplos: “Ela cantou uma canção linda!”, “Vi com meus próprios olhos.”, etc. Ora, quem vê, vê com os olhos, e não com a perna...e quem canta só pode cantar uma canção, concorda?
Mas nem todo mundo pensa assim. O “pleonástico”, indivíduo que incorpora esta figura de linguagem, é mestre em reafirmar o óbvio.
Ele fala o que todos já sabem como se fosse uma grande novidade. Por isso ele é tão redundante quanto a figura de linguagem que representa.
Tenho visto muitos palestrantes motivacionais com esse perfil.
Pessoas que recebem uma fortuna pra reafirmar o óbvio durante uma, duas horas de palestra. Uma chatice só.
Aí o jeito é incrementar com um vídeo aqui, uma piadinha ali, uma dancinha acolá...e assim o pleonástico vai tratando do óbvio como se fosse uma grande novidade.
Agir dessa forma é o mesmo que “ cantar com a boca”. Ou “ver com os próprios olhos.” Ou “ caminhar com as próprias pernas.”
É achar que se pode causar uma boa impressão com muito pouco, com o que todo mundo já está careca de saber.
A verdade é que não há nada pior do que tratar o óbvio como uma das sete maravilhas do mundo.
É melhor permanecer calado. Aliás, nunca ouvi dizer que o silêncio fez de alguém um redundante.
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