Vem a noite por detrás do monte,
A soluçar meu coração sombrio
Diz adeus aos dias errantes
E às gaivotas da beira dos rios.
A bruxa má já por mim espera,
Com seu manto negro para me envolver,
Olho o porvir, nenhuma estrela,
Mas, no horizonte, o entardecer.
Como me dói voltar aos dias
Da minha infância, meu alvorecer,
Ao abrir os olhos e ver em riste
O dedo da noite a apontar meu ser.
Adeus aurora, adeus manhã!
Dias felizes desse meu viver.
E esta minha tarde... ó tarde vã!
Prenúncio das trevas, do anoitecer.
Deixo o monte com sua sombra,
A pata gigante que sucumbirá meu vale,
Ficam, também, rios e gaivotas...
Levarei somente comigo a saudade!
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