Um gato enorme e faminto,
Esperto como uma lebre,
Achou um bando de ratos
Num velho e pobre casebre.
Todo o dia ele caçava
Um rato com sua garra.
E se fartava à vontade,
Fazendo grande algazarra.
Os ratos, apavorados,
criaram um sindicato
Pra acabarem de uma vez
Com esse malvado gato.
Formaram-se comissões;
marcaram uma assembleia.
Dom ratão foi logo eleito
Por toda aquela plateia.
E , todos, bem agitados,
Reuniam-se noite e dia,
Três ratazanas bem fortes
Puseram-se de vigia.
Dom ratão , inteligente,
Matutou um grande plano:
Colocar enorme guizo
No pescoço do bichano.
Convocou outra assembleia
Pra votar o seu intento.
Os ratos compareceram
Cheios de contentamento.
E , por unanimidade,
Deram sua aprovação
À ideia genial
Do seu chefe, Dom ratão.
Cada rato saberia
-isto seria um colosso –
O paradeiro do gato
Com o guizo no pescoço.
Mas, no fim da reunião,
Velho rato com juízo
Pediu a palavra e disse:
“Boa ideia essa do guizo!
Mas, aqui estou pensando
E meditando comigo:
Quem poria este artefato
No pescoço do inimigo?”
Ante aquela indagação,
Todos eles se calaram.
Botaram o rabo entre as pernas
E logo se dispersaram.
Como moral da história
Escuta esta minha fala:
“É fácil ter uma ideia,
Difícil é executá-la.”
Geraldo de Castro Pereira
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